Diário Tesístico - I

Ao elaborar uma tese sobre a poesia de Judith Teixeira pretendo evidenciar dois aspectos: por um lado a sua expressividade no contexto sócio-cultural da época e por outro a qualidade da mesma, que me parece suficiente para merecer um maior (re) conhecimento.

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O facto de ter suscitado reacções de alguma violência aquando da sua publicação é já um primeiro sinal de que os poemas de Judith Teixeira não deixaram de ter importância para os seus contemporâneos modernistas, não ficando muito claras as razões pelas quais nenhuma dessas vozes se ergueu em sua defesa. Apenas a visada se dignou a esclarecer, mais do que justificar, as suas opções estéticas.

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A aproximação que imediatamente se estabelece entre a poesia de Judith Teixeira e as correntes Simbolista/Decadentista (fim do século XIX), bem como do Modernismo de Orpheu, pareceu-me digna de interesse e aprofundamento. Assim, pretenderia estudar essa aproximação para distinguir o que há de original e peculiar na voz de J. Teixeira, pois ainda que os temas, a estética e a retórica se aproximem e se identifiquem com as correntes atrás mencionadas, o ponto de vista é sem dúvida diferente e o homoerotismo patente em alguns poemas é, de alguma forma, dissonante em relação a outros autores da época.

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Em conclusão, será meu objectivo apontar características e temáticas que definem a poesia de Judith Teixeira e tentar compreender até que ponto estas se afastam e/ou aproximam das correntes estéticas dominantes, bem como determinar (se tal é possível) o seu valor intrínseco, aquilo que faz com que valha a pena (continuar a) ler Judith Teixeira.

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A ver vamos... :)

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Foto inspiradora retirada de: http://olhares.aeiou.pt/